sábado, 23 de janeiro de 2016

Mudar...

Imagem retirada da internet

Há alturas na vida em que percebemos que temos de mudar. Mudar hábitos, rotinas, gostos, casas, amigos e até mesmo coisas banais como mobílias. Simples e tão só: mudar!
A vida sem mudança não seria a mesma coisa. Gemeniana de corpo e alma, bipolar de diagnóstico, a estabilidade não me carateriza. Apesar de a procurar incessantemente e a toda a hora, há alturas em que não consigo permanecer no mesmo sítio. Arrependimento não me caracteriza. Não me arrependo de nada do que fiz. Arrependo-me talvez de coisas que não fiz! De coisas que não vivi, de experiências que não tive coragem de enfrentar...
Está na hora de mudar! Novamente, mais uma e outra vez, mudar... Mudar de lugar não! Adotei esta aldeia para morar. Não nasci aqui, escolhi vir para aqui, mas não pertenço aqui. Sinto-me uma sem-terra. Incapaz de me adaptar à vida na cidade onde nasci, também não me sito serrana. Nada disso é mau, é apenas um prelúdio do fato de saber que provavelmente não morrerei aqui. Desterrada, com a missão nobre de criar um Filho, por aqui ficarei durante algumas décadas, poucas ou muitas, não sei. Só sei que o quero deixar seguro na vida, onde quer que seja. Dar-lhe-ei asas para voar para onde quer que seja. Filho meu, à natureza pertence, sempre o disse e não posso ser mais sincera para comigo.
Os problemas da vida perseguem-nos um pouco a todos. Cada um de nós acha que a sua vida efémera e sem-saborosa daria um livro... Os problemas, os lutos, os desgostos do coração superam-se e a vida corre. A vida corre em direção ao seu destino, destino por uns achado construído, por outros achado providencial. Mas sempre, sempre, cada um corre ao sabor do seu destino.
Mas para mim, por vezes, é preciso dar-lhe a mão... mudá-lo...