sábado, 12 de março de 2016

Preparando a chegada da Primavera


Imagem retirada da internet

Apraz-me tudo o que é mudança. Não guardo segredo da pouca estima que tenho pela monotonia. Apesar de levar uma vida pacata, nem por isso vivo mergulhada no marasmo dos dias sempre iguais. Tenho sempre projetos novos em mãos, tarefas entusiasmantes, uma casa para governar, livros para ler, muito que estudar, projetos para realizar, listas para fazer, etc.. No entanto, não deixo de ter uma vida pacata, na medida em que tudo se faz ao meu ritmo, sem qualquer tipo de pressão externa para além da imposta pela necessidade.
Por seu lado, o facto de morar na serra também me permite desfrutar de uma vida menos stressada. O barulho não é tão intenso, o ar que se respira é puro, não existem filas de trânsito e o dia parece ter mais horas.

Entrados no mês de Março, mês da Primavera, do desabrochar das flores e dos primeiros dias mais quentes (ou menos frios), está na altura de reorganizar a casa e começar a pensar na horta. Bem sei que me estou a precipitar um pouco, ainda está demasiado frio e neve para se pensar em dias mais solarengos. Mas sonhar não custa, e já comecei a pensar e a reprogramar a vida para acolher a nova estação.

No Ano Novo fiz uma lista de resoluções para 2016. Muito pouco dessa lista foi concretizado até agora. O Inverno tem sido rigoroso, muito frio e muita chuva, o que me retira um pouco a proatividade. Faço o curriqueiro e deixo as coisas mais importantes para dias melhores. Não é que aprecie especialmente a Primavera, pois a minha saúde mental ressente-se bastante destes dias incertos que de manhã é Inverno e de tarde é Verão (não fosse o Março, Marçagão...).

Está, então, na altura de rever a lista e traçar objetivos e metas concretas e exequíveis. Por enquanto, sei os resultados que quero obter, embora o caminho para isso esteja ainda em franca maturação.

Novamente se impõem as arrumações e a reorganização da casa para a estação quente. Gosto de rever tudo o que tenho e de tornar a arrumar mais organizadamente. Faço esta operação no Outono e na Primavera. É aquilo a que eu chamo de arrumações sazonais.

A casa ainda não está totalmente ao meu contento. Existem problemas a resolver e necessidades a suprir. Obras neste momento estão fora de questão, o orçamento assim não o permite. No entanto, há compartimentos a precisar de pintura nova. Nada que eu e o R. não possamos fazer. Está, então, na calha a pintura do meu quarto e do hall. Quanto às necessidades a suprir, resta-me continuar a saga da organização dos espaços exíguos da casa. Mais uma vez a operação destralhar impõe-se. Mais roupa que se pode dar, rever aquilo que já não está a funcionar, dar uma volta aos brinquedos, etc. 

Quanto à minha zona de trabalho, com o passar dos meses vai-se desorganizando com as toneladas de papelada e livros que vão passando por ela. Neste momento tenho pilhas de documentos de estudo à minha frente que estão a precisar urgentemente de ser trabalhados para tornarem às respetivas prateleiras.   

Como não poderia deixar de ser o projeto terá início com uma tabela das necessidades, das alterações a executar, etc.. Essa lista tem de estar dividida pelos compartimentos da casa. Acima de tudo, sob pena de sofrer desilusões, os planos devem ser exequíveis.

É também nestas alturas que procedo a limpezas mais específicas que são descuradas durante os outros meses. Uma reorganização de um compartimento leva, naturalmente à limpeza de zonas esquecidas.

Não é apenas a casa que merece os meus cuidados. Está também na altura de fazer o balanço de outras atividades que tenho em mãos. Rever aquilo que está a ser de mais difícil execução e traçar novas metodologias. O importante é delinear estratégias novas em substituição daquelas que não estão a ser conseguidas ou funcionais.

A horta terá de começar a ser equacionada. Há produtos sem os quais já não consigo viver durante o Verão. Para isso tenho de despender energia e ter muita determinação para enfrentar mais uma estação de duro labutar. Para uma citadina, como não me canso de referir, ter uma horta não é tarefa fácil, principalmente quando se trata de uma área relativamente grande.

O que importa é que neste momento tenho saúde e força para tratar destas coisas de que tanto gosto, e, por isso, tenho de aproveitar bem os dias. Assim se vai preparando, por cá, a chegada da Primavera.


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