segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

Resoluções de Ano Novo

Imagem retirada da Internet
 
 
Ano Novo, Vida Nova! São palavras que vagueiam pela boca do mundo, nesta altura do ano. Como não poderia deixar de ser, também eu, surjo cheia de intenções, projetos, desejos e afins!!
Este ano, para além dos objetivos mensais que continuamente me imponho, empenhar-me-ei unicamente em três grandes projetos. Cada vez mais acredito e tenho experienciado que quando se estabelecem muitas metas, a maioria fica pelo caminho. Em 2017 espero ter conquistado estas pequenas grandes metas que, acredito, revolucionarão a minha vida!!
O balanço do ano velho não foi mau, mas como em tudo na vida, poderia ter sido melhor. Relativamente a umas coisas fracassei, noutras evolui e noutras tantas me embrenhei intensamente. A grande vitória foi, sem dúvida a abstenção tabágica ao longo do ano inteiro!
Nesta última semana de Dezembro, tenho refletido muito naquilo que quero realmente que aconteça no ano vindouro. Desejo muito terminar o ano que se avizinha com três grandes vitórias. Se assim será ou não, dependerá muito da minha determinação, da minha força e quiçá de alguma sorte para que os ventos me corram de feição.

Agora, aspetos práticos do dia-a-dia:

- A minha velhinha casa de granito, aos poucos, vai-se compondo. Ao longo dos anos que passaram desde que aqui me instalei, a habitação foi sofrendo as alterações necessárias a uma vida mais funcional. Mas muito, ainda, está por fazer. Assim, fiz uma lista de tudo o que irá ser preciso para terminar esta fase de instalação na serra. Dividi a lista em compartimentos. Para cada um determinei exatamente aquilo que tenho a modificar, remodelar ou acrescentar. A cada compartimento destinei um determinado mês.

- Relativamente aos horários, confesso que ando preocupada. Por motivos de saúde, ando muito sonolenta. Temo que isso venha perturbar a minha produtividade. Este é um problema a solucionar, sem dúvida!!! Embora sem solução à vista, vou procurar ser paciente e menos exigente comigo mesma, sob pena de me vir a sentir frustrada. Bem sei que se trata de um exercício mental de muita complexidades, mas... não há impossíveis!

- O exercício físico foi sendo feito faseadamente. Ora era assídua, ora ocasional e, para quem quer emagrecer, não há lugar para descurar o desporto! Farei um esforço crasso para manter este hábito. Tenho, acima de tudo, que me mentalizar e interiorizar a ideia fixa de que sem o exercício nunca alcançarei o meu grande objetivo de perder quilos! Foco, foco, muito foco!!

- Este ano, apesar dos esforços para ser organizada, terei de limar algumas arestas. As lides da casa ocupam-me muito tempo. Como este ano vou ter de me desdobrar em dois projetos de alguma envergadura, terei de me reorganizar para manter tudo em ordem com menos dispêndio de tempo. Para tal, tenho estado a pensar em quadros de tarefas exequíveis e compatíveis com as outras atividades. Provavelmente, só a partir de alguma reflexão e tentativa-erro, chegarei a algumas conclusões. Concluindo, terei de reformular a forma como me organizo.

- A alimentação tem sido um problema desde há uns tempos a esta parte. O R., depois de muito pesquisar, fez-me um plano alimentar. Já o adaptei e colei na porta do frigorífico, o qual complemento com os menus semanais. Estou determinada a seguir o plano, para que daqui a um ano, possa dizer que perdi o peso que me propus perder.

- Por último, mas o mais difícil, mais um ano que passará, mais umas crises que terei de enfrentar (assim é há muitos e longos anos). Nos intervalos, tentarei dar o melhor de mim, e apoiar-me na família de forma a que os períodos de descompensação não sejam tão soturnos...
 


domingo, 6 de dezembro de 2015

A Vida sem Natal


Quadra Natalícia é sinónimo de agitação, alegria, comida boa, estrelinhas, luzinhas, prendas e, acima, de tudo é uma época de confraternização com a família. Adoro esta época do ano!
Da infância trago comigo a imagem de uma grande azáfama em volta da elaboração do presépio, que até metia a corrida ao musgo na Serra de Sintra.
Jamais poderei esquecer as horas infindáveis, esperando a chegada do Pai Natal, que passei com o meu saudoso Pai, a jogar ao Rapa (a feijões ou rebuçados, claro está!).
Por norma, nós os dois eramos os mais entusiasmados nos preparativos. A árvore ficava toda camuflada de fitas, bolas e muitas, mas mesmo muitas luzes. Depois de feita junto à janela, rumávamos à rua, para ver a nossa obre cintilante.
Sempre gostei de tudo o que tinha sabor a festa. Aquando da minha meninice e já jovem adulta esperava impacientemente pelo próximo Natal. Esta quadra era até assinalada com os odores do ar. E quantas vezes, ainda hoje, sinto o aroma do Natal pelas ruas!!
Aos 22 anos, por vicissitudes da vida, a minha casa deixou de ser invadida pela quadra, e deu lugar a um profundo vazio. Um vazio demasiado pesado para ser descrito em palavras. A mesa, em torno da qual se reunia a família, ficou com um lugar vazio.
Assim se iniciaram 12 longos anos sem Natal...
Diz o povo que quando algo nos falta é que lhe sentimos a falta, não posso estar mais de acordo. A vida não nos dá garantias. O que hoje é certo, amanhã, ou não fará sentido ou deixa de o ser. Dar por certo sentar a família à mesa, para sempre,é uma miragem. Tudo se acaba, tudo tem um fim. 
Por tudo isto e muito mais, vivo esta quadra com muita intensidade. Sabendo-me mais pobre sem Pai e sem Irmão, devo-lhes a reconquista do Natal. Onde quer que estejam, estarão por certo a partilhar da minha alegria.
É preciso continuar, o tempo não se cristalizará. Hoje, sabendo que nunca mais voltarei a usufruir com eles esta época do ano, resta-me passar para o meu Filho o legado que o Avô Zé tem para dar ao neto, que nunca chegou a conhecer. Proporcionarei ao meu Filho a alegria desta quadra. Haja o que houver não o privarei dos Natais vindouros. 
Sempre compreendi a resolução dos meus Pais. Nada se deve igualar ao luto por um filho. Mas, para mim, confesso, que me deixou uma marca indelével ter tido uma vida sem Natal...