sexta-feira, 9 de maio de 2014

A vida sem tv

 
Ontem pela tardinha, para não variar e aproveitando este belos dias de Maio, debandámos todos para o quintal, depois da hora da escolinha. Regámos, sachámos e até plantámos umas couvezitas que a vizinha veio cá trazer.
 
Hoje apetece-me falar da importância de não passar a vida em frente a uma tv.
 
O R trabalha numa empresa de telecomunicações e eu pasmo quando ele me conta que as mães ligam para lá muito aflitas por não terem sinal e terem filhos pequenos, do tipo - Já viu a minha vida? Sem tv e com crianças em casa!!?? No mínimo, é coisa para eu ficar estarrecida!!
 
Nós por cá não vemos tv. Cortámos o mal pela raiz e resolvemos nem sequer contratar o serviço. Bem sei que inicialmente foi por não termos dinheiro para o fazer. Agora as coisas melhoraram um pouco, mas percebemos o quão bem vivíamos assim, e decidimos que tv não volta a entrar em casa.
 
Quando os dias estão chuvosos, convive-se, lê-se ou espreguiça-se. O meu Filho tem bastantes brinquedos, de modo que se entretém a brincar. Conversa muito e por vezes até tem zangas imaginárias, sabe Deus com quem. Antes de ir para a cama, brincamos juntos e lemos os livrinhos dele.
 
Sem tv, a comunicação entre os elementos da família melhora substancialmente. Em casa, não estou sempre a brincar com o meu Filho. Tenho outras coisas que fazer para garantir o seu bem-estar - jantar, roupa, arrumações, etc..,no entanto ele habituou-se a ser autónomo nas suas brincadeiras. Se estou duas horas presa a uma tarefa, ele está duas horas embrenhado nas suas brincadeiras, sem precisar de estar em frente a uma tv.
 
Já lia bastante, é algo de que gosto muito. Mas confesso que, por vezes me desconcentrava quando lia e o R via tv ao mesmo tempo. Agora, podemos conviver pacificamente na sala sem sermos interrompidos pelo som da tv, ou mesmo sem estarmos a ligar um ao outro por a tv parecer mais interessante. Agora a disponibilidade para a leitura é muito maior.
 
Agora, em retrospetiva, vejo como a tv me embrutecia de dia para dia. Descanso, para mim, era sinónimo de estar deitada no sofá a olhar para o que o ecrã me mostrava. Mas há muito, que isso deixou de fazer algum sentido para mim.
 
 



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