terça-feira, 6 de maio de 2014

Ele há dias...

Já tenho mencionado por aqui que gostaria de ser uma menina organizadinha e comportadinha. A verdade é que, à exceção da papelada, nunca fui o protótipo da organizada, quanto ao comportadinha, devo dizer que já tive dias piores! Uma mulher casa, constitui família e as folias ficam para trás!! À parte as pseudo-nostalgias, sou feliz com aquilo que tenho e com aquilo que sou. Bem... gostaria de ter uns kilos a menos, isso mudaria muita coisa! Fora isso, tudo bem!

Hoje, estou naqueles dias menos bons. A verdade é que me falta a energia. Volta e meia caio num estado meio para o letárgico. Tudo me custa, faltam-me as forças e, pior um pouco, falta-me a vontade. Chego mesmo a sentir uma certa solidão. Como, se tenho marido e filho?! Não sei explicar lá muito bem. É uma solidão estranha, de sentido de vazio e sem norte. Tão sem norte como aquilo que escrevo.

Tenho procurado incessantemente alguma ajuda em blogs de felicidade e organização. Pessoalmente acho que na desordem não pode residir a felicidade. Se gosto tanto de ordem, como posso ser tão desorganizada?!

Preguiça será a minha maleita? Que ciumeira daquelas mulheres que postam o seu quotidiano impecavelmente elaborado e arrumadinho, em blogs também eles tão organizadinhos! Por que raio não consigo organizar-me de uma vez por todas?? Pior do que isso: por que raio sou tão teórica da organização e tão miseravelmente prática em relação à mesma??!!

Por outro lado, pergunto-me como posso eu ser preguiçosa, se adquiri tantos graus académicos e tive uma vida profissional cheia de sucessos??!!

Faltar-me-á a vida profissional para me preencher? Disseram-me, uma vez, que eu tenho de exercer a minha profissão para não perder a minha identidade. Não acredito muito nisso, pois o que se leva desta vida não é o trabalho, mas os bons momentos passados com aqueles que amamos ou mesmo sozinhos.

Hoje escrevo em tom de desabafo. Quero muito que este blog seja como uma espécie de espelho daquilo que sinto e daquilo que sou. Gosto de pôr a descoberto a realidade das coisas com tudo o que elas têm de bom e de mau. Não sou a típica pessoa que diz: vai correr tudo bem, não te preocupes... Bem pelo contrário vou sempre a traçar o pior cenário e isso tem-me trazido muitas alegrias e poucas desilusões. Quando acaba mal, já esperava, quando acaba bem, fico feliz.

Ouvi muitas vezes: não te preocupes que vai acabar bem... e acabou no velório do meu Pai. Ouvi outras tantas: ele vai-se curar e realmente curou-se, pois a morte o levou! Feitas as contas à vida, não tem corrido lá muito bem. Mas gosto dela, sempre gostei, embora, por vezes, tenha preferido não estar viva!

Este discurso é um pouco depressivo e controverso. Tão controverso como a minha mente inquieta, uma mente de uma doente bipolar, que ora está bem, ora está mal. Cuja vida tem sido uma roda viva de saltos e quedas.

Não, hoje não me sinto especialmente em queda, apenas com um pouco de energia a menos!!

Sem comentários:

Enviar um comentário