quarta-feira, 30 de abril de 2014

Falar de homens sem rodeios

Hoje, falo de homens sem rodeios.

Primeiro - Pastelões

Segundo - Egoístas

Terceiro - Idealistas

Quarto - Ingratos

Ora, analisemos cada um deste pontos:

Pastelões - penso que a isso bem o podem dever às suas mãezinhas. Não percebi ainda muito bem quais as razões que levam as mães a os ensinar unicamente a sentar-se à mesa e comer. A verdade é que a nossa geração do pós 25 de Abril, em questão de educação de machos não difere muito da dos anos 30. Isso faz deles uns pastelões? Sem qualquer sombra de dúvida! As mulheres da minha geração (que sou dos 70's) são umas sacrificadas em termos de sobrecarga de trabalhos caseiros. para além de trabalharmos muito, ainda temos de tratar e alimentar três ou mais pessoas, consoante o número do agregado. Eu até costumo dizer que essas mães educam os filhos para que as filhas dos outros sejam suas criadas!!

Egoístas - Quando se deixa um compartimento para trás, há-que garantir que a próxima pessoa que nele vai entrar, o encontre limpo e arrumado. Será isto muito difícil de encaixar? Egoísmo não se prende apenas com a partilha material. Também é egoísmo não pensar no bem-estar das outras pessoas. Quando se deixa tudo desarrumado para quem vier a seguir arrumar, escusa de dizer-se que também se trata de uma profunda forma de egoísmo. Neste aspeto os homens são exímios. E quando nos dizem que por eles escusamos de fazer jantar e nós, atónitas, pensamos: e nós e os nossos filhos, não comemos!?

Idealistas - Porque acham que nós deveríamos andar de cara alegre, lindas e esbeltas depois de um extenuante dia de visitas a tratar da casa e de todos, não esquecendo o pequenote. Idealistas porque consideram que as outras mulheres têm mais genica do que nós que fazemos qualquer coisita em casa e ficamos de rastos. Idealistas porque acham que as outras fazem tanto ou muito mais que nós e andam sempre de bem com a vida.

Ingratos - Porque tudo o que fazemos é nossa obrigação! Ao mesmo tempo que dizem que o jantar não presta, dizem-nos que andamos aborrecidas desnecessariamente por ter de o fazer!

Não é isto, afinal, o que todas nós pensamos, mas que dificilmente admitimos?

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