sábado, 19 de abril de 2014

Domingo de Páscoa



Não sou lá muito religiosa, mas tradição familiar é tradição familiar! Gosto muito destes pequenos momentos passados em família, de roda de uma mesa recheada de comidas a preceito. Mas nem tudo é tão idílico...

A minha casa fica bastante longe de Lisboa, pelo que terei de receber as duas avós. Isto inclui estadia, claro está! Aí está o cerne da questão. A casa, é minúscula e o sofá sobra sempre para alguém! Por outro lado terei de confecionar as refeições todas, e não unicamente a da Páscoa. Terei de fazer almoço e jantar durante uma semana.

Elaborar menus, nestas alturas, é mais importante do que nunca. Claro que a arrumação da casa, ou melhor, a desarrumação, não pode ser para mim uma fonte de stress. Naturalmente que não pedirei às visitas que deixem tudo muito arrumadinho, pois essa decisão cabe à consciência de cada um. Por isso, foi fingir que não vejo e fazer apenas o que considero essencial.

Quanto ao meu Filho, não posso permitir que se alterem as suas rotinas só porque as avós estão cá. Na hora da sesta, é mesmo para dormir! Na hora de ir para a creche, é mesmo para ir! E assim por diante. Não se pode retirar às crianças o seu equilíbrio e bem estar para o prazer das avós. Nestas coisas sou muito inflexível. Sou professora de formação e acho que me entendo bem com as minhas pedagogias. O meu Filho é muito comportadinho e assertivo, e apenas tem dois anitos!

Voltando à questão da divisão das despesas, tal é válido para tudo. Se se quer dar uma volta maior todos temos obrigação de contribuir para a gasolina. Se cada um der 5 euros, já perfaz 20 euros de gasolina, o que dá para uma grande volta.



Segue-se uma listinha de coisas a cumprir religiosamente:

- Dividir despesas! Este ano fui inflexível nesse aspeto. Ou se contribui ou não se aparece. Mal temos para nós!

- Delegar tarefas.

- Aproveitar os poucos momentos em que estou sozinha para relaxar.

- Aproveitar a presença das avós para ir dar uma voltinha a sós com o Marido.

- Não deixar ninguém entrar na cozinha, enquanto eu lá estiver, sem a minha autorização.

- Ditar bem as regras quanto aos procedimentos a ter, quanto ao meu Filho. (Não posso educá-lo de uma maneira e permitir que uma semana estrague meses de trabalho árduo!)

Bem, estas regras podem parecer um pouco rigorosas, mas eu sou mesmo assim, há coisas de que não abdico. Uma dessas coisas é não permitir que as visitas me provoquem stress.

Para terminar, vos digo que desde muito nova que aprendi a não sobrepor o prazer dos outros ao meu equilíbrio. Sou daquelas pessoa que, embora muito compreensiva e respeitadora, consigo dizer NÃO!

Postas as cartas na mesa, só me resta desejar a mim mesma e aos meus, uma Páscoa feliz! E a todas aquelas que me quiserem ouvir!

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