quinta-feira, 15 de maio de 2014

Campónia, mas não muito...

 

Amanhã é dia de rumar ao comboio com destino a Lisboa para tratar de alguns assuntos. Mas não me vou demorar muito, vou 6.ª e volto Sábado. Chego por volta das 11.00 com compromisso às 18.00. Tenho saudades da Baixa de Lisboa e do mar. Como o tempo escasseia, vou optar pelo mar. De tarde vou a uma grande superfície, à boa maneira citadina, para ver se encontro por lá, um bikini para me fazer o Verão. O meu já está velho e gasto. Desde que fui mãe, pouco ou nada compro para mim, mas desta é que é!
Feitas as contas, será uma manhã para ver o mar e a tarde para mergulhar na vida da cidade no seu esplendor. Pelo meio, umas tentativas de tomar algum cafezinho com alguém das minhas amizades.
Se tenho receio de lá ir, confesso que sim. Na altura em que por lá vivi a confusão, por vezes, deixava-me azamboada. Desta vez, estou certa de que o azamboamento ainda vai ser maior. Habituadíssima à vida pacata da aldeia, sem saudades da urbe, à exceção das pessoas que lá deixei, calculo que irei vir de lá muito cansada.
As razões que me levam a não alongar a estadia prendem-se essencialmente com as saudades que vou ter da família, e, naturalmente, por ter um pequenote para tratar.
Para cá, para a santa paz do campo, trouxe alguns vícios difíceis de largar. As pastelarias com bolos apetitosos são praticamente inexistentes. Restaurantes exóticos também não os há. Claro, que aproveitarei qualquer pretexto para uma ida ao restaurante japonês.

Agora, passados tantos anos, vejo com alguma saudade aquelas idas matinais para a faculdade, no meio do trânsito e da confusão. Para não mencionar as megas folias na noite lisboeta. Eu costumava gostar da festarola, e não perdia uma, mas tudo tem o seu tempo....

Lisboeta de alma e coração, nunca lá deixei o meu. Sempre sentindo-me errante na urbe, procurei o meu destino longe dela. Recordo com muita satisfação as voltas que dei com o meu saudoso Pai, por esse Portugal a fora, vendo e descobrindo sítios maravilhosos. Desde muito jovem que escolhi onde cabia perfeita a minha alma. Os anos passaram, a oportunidade deu-se, e cá estou eu, no sítio que escolhi. Sou agora uma campónia, mas não muito...


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