sábado, 29 de outubro de 2016

Retomando as rotinas...

 
 
Embora não seja especialmente apreciadora do tempo frio, gosto da sensação de aconchego que a aproximação do Inverno me dá. Deitar-me no sofá a ler e a ouvir a chuva a bater no telhado e o vento a abanar as árvores é, para mim, um grande prazer. Agora que preparei tudo para a chegada da nova estação, posso respirar de alívio e restabelecer as minhas rotinas!
 
Gosto de estabelecer horários, prioridades, tarefas, objetivos, etc., nunca escondi isso aqui. Como nem só no Verão há fartura de colheitas, nesta altura do ano, sou presenteada com abóboras, nabiças, nabos, marmelos e afins. Já para não falar dos restos das culturas do calor que se vão distribuindo pela vizinhança para não se estragarem. Foi, então, altura de voltar a meter mãos à obra. Legumes, frutas e tubérculos a postos, faca em riste e toca a rumar à cozinha para "perder" umas tardes de volta dos tachos e das panelas!
 
Este ano a novidade veio em forma de melancia branca, que é uma espécie de melancia, mas não é tão doce e é utilizada para fazer compotas. Lá a descasquei, descarocei e cortei, para a transformar em doce. Foi a primeira que fiz este ano. Normalmente o Verão é uma altura boa para o fazer devido à fartura de géneros, no entanto, este ano, o calor que se fez sentir foi tão escaldante que não tive coragem para me enfiar na cozinha, se não a fazer o indispensável! A compota de curgete terá, fatalmente, de ficar para o ano vindouro.
 
A chegada do Inverno, convida também ao consumo de sopas. Cá em casa só o pequenote é que as come o ano inteiro. No Verão, eu e o R. substituímos as sopas por saladas generosas. Como fazê-la de raiz semanalmente me tomaria muito tempo, opto por reunir um manancial considerável de legumes (maioritariamente da minha horta ou da das vizinhas) e prepará-los de forma a ter a tarefa simplificada. Ontem, foi dia de cortar batatas, cenouras, curgetes, nabiças e alhos que se ensacaram devidamente e acomodaram no congelador para que, nos próximos tempos, tenha a vida facilitada no que diz respeito à confeção de sopas.
 
Como não podia deixar de ser, e à semelhança de anos transatos, vieram trazer-me um grande balde de marmelos. Só agora consegui acabar de fazer a marmelada. Uma parcela foi reservada para ofertar, a restante ficou para nós que, depois de arrefecida, é congelada em caixinhas de plástico, que se vão tirando à medida das necessidades.
 
Resta-me uma grande abóbora que, mais uma vez, me foi ofertada pela bondosa D.ª Electa. Confesso que estou desejosa de meter mãos-à-obra para a transformar em compotas variadas, sopas e outros pratos curiosos à base de abóbora. É um alimento com muito potencial de que gosto bastante. 
 
Foi também altura de rever algumas culturas no exterior, e deste vez resolvi apostar em mais aromáticas. Cada vez gosto mais de as utilizar na comida, e cada vez conheço mais combinações saborosas. A experiência que já tive em relação às que tenho plantadas diz-me que é uma boa ideia alargar a produção.
 
É também altura de começar a pensar no Natal. Adoro o mês de Dezembro e, como me faz feliz pensar no Natal, começo já! É tempo de preparar prendas e apanhar e preparar pinhas para as decorações. Não sou grande bricolageira, mas este ano estou tentada a aventurar-me a fazer umas pequenas decorações. Sem promessas, confesso que me vou empenhar no assunto. Para já, para já, já tenho as pinhas a secar para as selecionar e observar para pensar no que vou fazer com elas. Talvez recolha também um tronco para fazer uma Árvore de Natal avant-garde, ainda não sei! A minha experiência diz-me que quando não estamos habituados a fazer determinadas coisas, não devemos estabelecer fasquias muito elevadas. 
 
Para o ano, o M. entra para o 1.º ano, pelo que estamos a tentar introduzir novas rotinas para que a adaptação seja mais fácil. As conversas entre nós já introduzem recomendações acerca da importância de ter atenção nas aulas. Se já antes lhe perguntávamos o que acontecia na escola, hoje em dia também estamos preocupados com as tarefas que ele desempenha e a forma como o faz. É importante que ele vá consciencializando que a partir do próximo ano, a escola é para ser levada ainda mais a sério! 
 
E assim, preparada a nossa rentrée, nos vamos introduzindo nas nossas rotinas...
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 


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