segunda-feira, 25 de agosto de 2014

Para o sol da Caparica

Alfacinha de gema, criada entre Lisboa e a Costa da Caparica, não posso deixar de passar lá as minhas férias. Ao encontro de antigas amizades, socializando um pouco aqui e ali, lá estou eu na minha casinha de praia à beira mar plantada!

 
 

Duas semanitas foi o tempo escolhido para, por lá, ficar. Um cheirinho a mar e a cidade. Houve tempo para umas visitas a Lisboa e umas idas relaxantes à praia. Bem, não forma lá muito relaxantes, tendo em conta, que com um pequenote vale tudo menos tirar olhos!
Se gostei? Sim, gostei. Deu para reviver velhas memórias e relembrar os cheiros do passado. O cheiro a mar e às noites quentes de Verão que já lá vão!
O balanço foi positivo. Após longos meses a afirmar que não queria voltar à cidade, lá me convenceram de que a praia fazia falta ao menino, o iodo, blá blá blá...
De malas aviadas, lá fomos os dois rumo ao sol da Caparica. Infelizmente o R. teve de ficar a trabalhar para garantir o sustento cá da casa.
Chegados a Vila Franca, não é que o pequeno desamarra o cinto de segurança e começa aos pulos no banco detrás em plena autoestrada??!! Começamos bem, está visto. Alto stress após quase quatro horas de viagem. Para quem não conduzia há quase dois anos na cidade, acreditem que foi um valente de um susto. O resto da viagem foi a ouvir os berros do banco detrás devido à valente reprimenda!

Começa então o stress inerente às minhas idas a Lisboa:

- o barulho e a confusão entram-me pelos ouvidos e pelos olhos abanando a minha reatividade. Credo, tanto estímulo, não dá para acreditar que esta foi a minha realidade ao longo de 36 primaveras.

- Carro na oficina, mudança da cadeirinha para o carro da Mami, e lá fomos nós, em grande euforia, rumo à Costa da Caparica. Toneladas de prendas à nossa espera e encomendas de queijos, azeitonas e afins e muita, muita animação à mistura. A excitação de quem não vê o neto há alguns mesitos não é fácil de controlar. Contas feitas, começámos bem.

- Engolido o almoço, e pequenote na sesta, estava na altura de fazer algo que não fazia há longo tempo - tomar um cafezito na esplanada da praia sozinha e muito descontraída!

- Avizinhou-se o fim da tarde e com ela a tão almejada visita aos avós paternos. Mais uma dose de excitação e euforia. Agora, era eu quem estava a precisar de uma sestinha!!

- À noite, o inacreditável deu-se - fui ao café. Já não me lembro de qual foi a última vez que fui ao cafezinho do depois-do-jantar. Provavelmente desde que o M. nasceu!!

- Praia, passeata, compras, afazeres e barulheira não me faltou. Descobri muitas coisas novas:

* que o barulho do mar é ensurdecedor;
* que a poluição da cidade entra pelas vias respiratória a dentro e provoca lesões na pele do interior do nariz;
* que a coisa mais acertada que fiz na vida foi sair de lá para fora.

E assim, passadas as duas semanas, com as saudades de casa e do meu mais-que-tudo a apertar, foi com muita satisfação que deixei para trás a urbe e rumei à minha vidinha pacata no campo...

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