terça-feira, 10 de março de 2015

A Força da Amizade

 
Foto retirada da net
 
Mulher de pouco amigos, sou daquelas que acredita na força da amizade... Quem assistiu ao meu casamento, diria que sou um bicho do mato! A verdade é que uma pequena sala bastou para reunir as pessoas de quem mais gosto, e uma mesa apenas se rodeou das pessoas da minha vida, com quem não partilho laços de sangue.
A minha mais antiga amizade remonta a 1990. Fomos colegas de escola, e desde então nos relacionamos numa base de profunda amizade e confiança. Aliás, é assim que me relaciono com os grandes amigos.
 
Reformada das folias da noite lisboeta, onde bebi copos acompanhada de "multidões", sou agora uma mulher calma e tranquila, merecedora de uma vida pacata. Fisicamente muito distante, espiritualmente mais próxima do que nunca, usufruo de sólidas relações afetivas sem variações. Provavelmente, não criarei novas amizades, mas não poderia estar mais feliz com as que tenho! A diáspora levou-me algumas pessoas, a minha vinda para o campo afastou-me das restantes (até da minha Mãe).
Sou crente, não aquela espécie de crente numa entidade, apenas acredito que coincidências não existem! Relembro o episódio de uma grande amiga de quem perdi irreversivelmente o contacto com a sua partida para a Irlanda. Quis o destino que vários anos depois, eu entrasse no mesmo comboio que o marido dela, foi possível trocar contactos e reatar relações.
Acredito que as pessoas que connosco se cruzam, são para nos deixar a sua indelével marca. Com elas aprendi muito, conversei, ri-me e chorei. Fui egoísta, zanguei-me com algumas em determinadas circunstâncias, mas nada que os laços que nos unem se quebrassem.
A vida encarregou-se de crivar aqueles que não estavam destinados a percorrer comigo os trilhos desta vida.
Todos nós temos um cravo na vida, o meu é a morte. Cedo enterrei o meu melhor amigo, o meu Irmão e o meu Pai (por esta ordem). Bem precocemente percebi que tudo tem um fim. Bem precocemente conheci a força da saudade, saudade não daqueles que estão longe, mas saudades daqueles com quem nunca mais nos vamos cruzar, nem falar, nem ouvir, nem abraçar...
Em momentos trágicos como estes, tive sempre acompanhada de grandes amizades. Percebi que quando se gosta de alguém não se arreda pé! Percebi o quanto este meu núcleo duro é importante para a minha vida. Estas pessoas são todas "tias" do meu Filho, pois tenho-as como irmãs.
Obrigada a todas as minhas amigas pelos momentos maravilhosos que temos partilhado!
 
 


1 comentário:

  1. Como me incluo no grupo das "tias", aqui vai um beijinho da Holanda :)

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