quinta-feira, 2 de abril de 2015

Viagens em família

Não são raras as vezes que tenho de me deslocar a Lisboa. Se o R. não está de férias, meto-me no comboio e lá vou eu!! Sobre isto já falei neste post. Desta vez, como a crise não está para brincadeiras, a aventura é outra - o transporte será o comboio! A estadia é um tanto fugaz - cinco dias (uma noite em Lisboa e as restantes na Caparica). Noutros tempos, esta viagem seria impensável, hoje, como o dinheiro escasseia, tem mesmo de ser assim. Logo, tenho pela frente um novo desafio - fazer malas para viajar de comboio com o Marido e um catraio de 3 anos, onde a trotinete não pode faltar!
Vamos então a isso:

A Lista - a parte mais importante da gestão e organização da viagem passa por uma lista em que nada falte. Desde o mais ínfimo ao mais relevante, tudo tem que ser registado. Uma segunda vistoria permitir-me-á escolher os itens que, afinal, não são assim tão importantes. Como desta vez o destino é casa de família (com quem se pode contar) há coisas que não é necessário levar por lá se encontrarem. Claro está que, tal não dispensa a sua colocação na lista, pois desta forma temos a garantia de que não nos "sai o tiro pela culatra"!
Quanto à lista, divido-a em vários itens. Elementos da família e consequentemente por categorias (mudas de roupa e assessórios, higiene, necessários, etc). Assim, exemplificando, temos - Martim: roupa de viagem, 1.º dia, 2.º dia, etc; higiene; Saco da viagem, etc. Fico então com uma grande lista dividida pelos três elementos da família, que por si se subdivide em vários segmentos necessários a cada um. Logicamente que os necessários também se especificam. Para mim, por exemplo, são imprescindíveis medicamentos, organização da carteira, etc. Para o pequenote não pode faltar a organização da "mala de viagem da criança" para ter disponíveis a muda de roupa, os iogurtes, as toalhitas, e assim por diante.

Uma outra lista que não se pode descurar, ou melhor, que para mim é indispensável, é a dos afazeres antes da viagem. Há coisas que têm de ficar preparadas, se não aponto essas pequenas tarefas, corro o risco de estar no comboio e apanhar um valente susto, por me ter esquecido de fazer isto ou aquilo!

Como a viagem é de comboio, há que pensar nos mais ínfimos pormenores - a tralha que se leva tem que estar de acordo com a possibilidade de a carregar. Ou seja, tem de haver braços que abarquem malas, sacos e crianças! Por isso, faço uma pequena listagem das malas que vou levar, o que me permite ter em conta o que posso colocar lá dentro. Assim, a lista dos objetos tem que estar de acordo com a capacidade de volume das malas.

Prontos para embarcar, não posso descurar as necessidades que enfrentaremos na viagem. Durante quatro longas horas vamos ter fome, o miúdo pode sujar as calças, o telemóvel tem que estar devidamente carregado e à mão, etc..

Uma das partes mais complicadas da preparação da viagem é, para mim, a roupa. Sou muito vaidosona, assumo! Levar peças soltas está fora de questão. Normalmente perco umas horas a fazer conjuntos, assessórios incluídos. Anoto num papel as conjugações e, quando chegar ao destino, sei o que vestir com quê, que ganchos colocar e que sapatos usar. Quanto aos assessórios, coloco os diferentes conjuntos em saquinhos pequenos, devidamente numerados. Assim, fico a saber que, à muda n.º 1, corresponde o saco de assessórios n.º 1. Isto pode parecer excessivo, mas a minha experiência diz-me que assim se levam menos coisas do que se pegar em peças de roupa aleatoriamente.

O destino não é incerto, e temos uma casa de família à nossa espera. Não podemos sobrecarregar quem nos vai receber, pelo que temos de pensar em tudo. Se, por cá, temos o hábito de elaborar ementas, não vemos razão para não pensar nisso em tempo de férias. Porque férias são férias, e eu não quero passar o tempo a pensar nestas tarefas da casa e porque também tenho direito ao meu descanso, sei que isto me leva algum tempo, mas que me pode poupar muito em trabalhos. Assim, com o menu e a lista de compras, uma ida ao supermercado - está o assunto arrumado!

Por fim, é pertinente mencionar, que os devidos contactos com amigos e família a preparar eventuais visitas, têm que ser feitos com antecedência, sob pena de querer ver toda a gente e não ver ninguém. Como tenho toda a "minha gente" por lá, tenho de fazer escolhas e encontrar formas pouco desviadas de ver alguns entes e amigos sem grandes stresses. Quem não conseguir abraçar desta vez, abraço para a próxima... Uma ida à bisavó, que infelizmente já está alheada deste mundo, faço questão que não falte.

Posto isto, é embarcar na aventura de ir para Lisboa de comboio, com a casa às costas e de pequenote pela mão!!

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