quinta-feira, 8 de setembro de 2016

Rumo à Capital

 

É praticamente de malas  à porta que eu regresso a este meu cantinho, durante uma semi-rentré que tem vindo a conta-gotas! Por norma, esta altura do ano, à boa maneira de uma "professora reformada", significa recomeçar. Ao longo de, praticamente, quatro décadas que este mês significa fim de férias e início de um novo ciclo.
Este ano, como referi, o reinício tem vindo aos soluços, o que de certa forma me está a deixar uma tanto baralhada! O R. só conseguiu férias para o início e para o final do Verão, pelo que, quase em Outubro, rumamos novamente à terra natal para mais umas férias em família. Por outro lado, eu e o pequenote estamos de partida para uma mini estadia em Lisboa. Na verdade não chega a ser uma semana, e o pretexto é o aniversário da Avó Elsa, que já estava a precisar de o celebrar na companhia da família.
Assim sendo, desta feita, a aventura é nova: eu mais o pequenote de comboio rumo à Capital! Mais uma vez a logística assumiu um importante papel na preparação da viagem, que está, porém, cada vez mais aperfeiçoada! 

Como sempre acontece, temos um sítio onde ficar e tudo preparado à nossa espera. Tal não seria possível sem a coordenação de esforços entre mim e a Avó Elsa. Com cerca de duas a três semanas de antecedência comecei a preparar a nossa estadia:

- Em primeiro lugar, foi necessário saber o que tinha sobrado da nossa anterior estadia e aquilo que tinha de ser reposto. Consultei a lista das coisas de higiene que ainda ficaram lá, para saber o que seria necessário pedir para repor. Assim, não tenho de me preocupar com o transporte destes artigos que tornam a bagagem mais pesada para mim. Tenho de ter em conta que sou eu quem vai ter de transportar as malas sozinha, olhar por tudo e ter o pequeno pela mão!

- Tive de pegar numa agenda para planear a "distribuição do neto pelos avós"! É mesmo assim! Não quero ferir suscetibilidades e, como não sei fazer as coisas de outra maneira, de calendário e lápis na mão, calendarizei as atividades do meu menino. Tive, naturalmente, em conta os seus horários de descanso e de refeições. Tenho estipuladas as horas aproximadas de o ir levar e buscar aos diferentes locais! Chamem-me maníaca da organização, não me interessa!!

- Também de agenda na mão, tive necessidade de elaborar a ementa, pois a vida não está para comer fora e o melhor é ter as compras feitas antes mesmo de chegar. Daí a necessidade de fazer tudo com tanta antecedência. A minha Mami já não anda para nova e não pode andar para aí em grandes correrias a fazer tudo à última da hora! Assim, quando lá chegar, sei exatamente aquilo que vou comer sem me preocupar com as compras!

- Tenho, em formato digital, uma lista de viagem que só tenho de adaptar às circunstâncias e especificidade de cada deslocação a Lisboa. É premente levar SEMPRE determinadas coisas (carregador do telemóvel, medicamentos, etc), pelo que tenho sempre registadas essas necessidades sem me arriscar a que na elaboração de uma lista de raiz me possa esquecer de coisas de grande importância.

- Para tratar da roupa faço contas aos dias. O M. normalmente não anda empiriquitado, pelo que não vejo motivos para o fazer nas férias. Faço questão de vestir sempre o meu Filho com roupa muito prática e confortável. Se tenho cinco dias pela frente, levo-lhe cinco t-shirts, cinco pares de calções (se for Verão), um abafo, roupa interior para o dobro dos dias, um fato-treino e pouco mais. Se as férias implicarem praia tenho, naturalmente, que pensar na roupa de praia. Quanto a mim, a técnica é sempre a mesma, faço contas aos dias, escolho uma muda para cada dois dias e seleciono os respetivos assessórios. Ensaco cada conjunto e, à chegada, é só pendurar no mesmo cabide cada muda e dispor os saquinhos dos assessórios correspondentes a cada um desses conjuntos de roupa.

- Na minha lista consta também a roupa de viagem. Isto é, sei exatamente aquilo com que vou vestida. Isto pode parecer bizarro, mas como vou de transportes, é uma forma de levar vestido aquilo que ocupa mais espaço dentro da mala.

- Uma viagem de quatro horas implica levar comida, água e roupa suplente para o miúdo. Desta forma, também tem lugar na minha lista todo um conjunto de coisas que não convém esquecer de ter à mão. Na mochila do miúdo não pode faltar a muda e o farnel, por outro lado, na minha, há coisas que não podem ficar esquecidas em casa (o bilhete do comboio, documentos, etc)! E sim, sou daquelas que verifica quarenta vezes, antes de sair de casa, se tem o bilhete!! O mesmo é dizer que até o conteúdo da minha mala tem lugar na preparação da viagem! O lema é: nada pode ficar em terra!

- Para a viagem de ida nunca me safo de levar as "encomendas da terrinha"! A vizinhança, quando sabe que estou de partida, nunca deixa de me trazer uns miminhos para eu levar à Mami. Por outro lado, os queijos artesanais da vizinha, os bolos-esquecidos, as chouriças, alguns espécimes da minha horta e afins, têm que ser transportados no belo do saquinho hortelão! Trata-se de um entrouxo, bem sei mas, à chegada, sabe sempre bem dar os miminhos àqueles de quem gostamos!

Agora, como diria o meu Pai, quando já todos estávamos devidamente acomodados no carro para partir em viagem: Todo o mundo rolando?

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