domingo, 19 de março de 2017

Os Pais da Minha Vida






Não é segredo para ninguém - tive um Pai fora de série. Se fosse vivo estaria na casa dos 70, mas nunca teve pejo de nos mudar fraldas, acordar a meio da noite para nos embalar, ou mesmo para nos levar o almoço à cama quando estávamos doentes. Teve o infortúnio de ver um filho partir à sua frente e eu tive a infelicidade de o ver definhar com o desgosto. Tenho muita pena que não me tivesse levado ao "altar" e que não visse o neto nascer. Lamento profundamente não o ter por perto quando a doença aperta e eu me sinto mais fragilizada. Ele, como ninguém, tinha o condão de me acalentar a alma dorida. Amei-o e amo-o até à exaustão. Foi de facto uma tragédia tê-lo visto partir tão precocemente. 
Mas não venho falar exclusivamente do meu saudoso Pai, quero hoje, neste dia tão especial - Dia do Pai - falar dos Pais da minha Vida. O R. é sem dúvida o outro Pai, o Pai do meu menino de oiro. Falar do R. como Pai é falar de um homem cheio de amor e ternura, é falar de um homem que ama incondicionalmente o seu Filho, o nosso Martim. É falar de um homem que, muitas vezes se vê a braços com a Mulher doente, de cama, com a responsabilidade de cuidar do miúdo e aguentar o barco. É uma Pai que sabe sê-lo, que merece o nome e que sabe amar o Filho como ninguém. 
A nossa vida familiar é muito boa também graças ao equilíbrio que estabelecemos entre nós. Como não temos família por perto, nunca nos pudemos dar ao luxo de deixar o miúdo com os avós para uma saída a dois. Estamos habituados a fazer tudo a três. Como eu costumo dizer: para onde um vai, os outros vão! Nesta casa vivemos numa autêntica "economia comunitária". Contamos essencialmente uns com os outros e ter o R. do meu lado, é muito bom.
E porque estou muito feliz com o Pai da nossa pequena família, e porque fui muito feliz ao lado do meu próprio Pai, sou uma sortuda e estes são os dois Pais da minha vida!!!

Sem comentários:

Enviar um comentário