sábado, 17 de dezembro de 2016

Em modo quase Natal


Dentro de, precisamente, uma semana a Avó Elsa chega para passar o Natal em terras da Beira. Por cá, o frio que se faz sentir é deveras cortante. Hoje, embora a lareira tivesse estado o dia inteiro a carburar, esteve especialmente difícil de suportar. A neve que daqui se avista, arrasta um vento gélido ao qual ainda não me habituei. Penso, aliás, que nunca o farei!
Daqui a sete dias a casa estará longe das suas rotinas habituais e mergulhada numa azáfama que só mesmo a Avó Elsa, com a sua exuberância, é capaz de implementar. Como costumo dizer: a minha Mãe enche uma sala! O miúdo andará enlouquecido de alegria, aos saltos de volta de nós todos, se bem o conheço.
Deixo-me contagiar pela magia desta quadra. Como não tenho por aqui escondido, esta é provavelmente a minha época do ano predileta. Ainda hoje, depois de ir buscar o miúdo à escola, vagueámos pelas ruas do Concelho para contemplar as luzes de Natal. Uma diversão tão simples e agradável! Terminámos a volta no cimo do monte, onde pudemos observar a torre de menagem que, em tempos medievais, passaria muito pouco despercebida!
A uma semana do grande dia, ainda há muito por fazer. Embora o Menu já esteja pensado, ainda me falta elaborar uma lista mais detalhada dos doces que, este ano, vão ser muito menos do que no ano passado. Optei por não ter uma mesa muito farta, principalmente em açúcares. Um bolo-rei, as tradicionais filhós da Beira e um pudim farão as nossas delícias. No dia de Natal, far-se-á um churrasco na lareira para deleite da Avó Elsa. É pouco convencional, bem sei, mas o Polvo à Lagareiro que comeremos na Consoada, embora seja tradicional nalgumas zonas do País, por aqui ou por Lisboa não é muito habitual. 
Hoje, continuei a fazer de duende do Pai Natal e quase dei as minhas ofertas por terminadas. Resta-me, durante a semana, fazer alguns embrulhos, muito poucos, e escondê-los bem escondidos, pois o catraio aqui de casa ainda acredita no Pai Natal! Como, cá por casa, o Natal é festa profana, pois somos agnósticos praticantes, celebramos, não o nascimento de Jesus, mas a família, o amor e a alegria de estarmos todos juntos. Também celebramos os sentimentos que nutrimos uns pelos outros com uma sentida troca de prendas. Não que goste especialmente do consumismo do Natal, bem pelo contrário, pois gosto de fazer as prendas, mas gosto de pensar tanto no que vou comprar como o que vou fazer para determinada pessoa. Fica a vontade de dias monetariamente melhores em Natais futuros para poder presentear mais amigas.
Entretanto, confesso que ando um pouco inerte em relação àquilo que ainda tenho de fazer. Estou à espera de 2.ª feira para entrar em modo quase Natal...
Vou dando notícias!

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